domingo, 27 de novembro de 2011

Negro Escravo

NEGRO escravo
Iê! Faz muito tempo 
Me dói só de lembrar 
Que o negro era escravo 
Apanhava sem parar 
Acordava bem cedinho 
E com a dor da chibatada 
Que ardia e não passava 
Ia pro mato trabalhar 
Trabalhava noite e dia 
Não sonhava e mal dormia 
E nem tinha tempo pra rezar 
Por causa de tanta angústia 
O negro fez uma luta 
E fingiu ser uma dança 
Pra poder se libertar 
Assustada com essa dança 
Que tinha gosto de vingança 
A polícia proibiu 
E tentou acabar assim 
Com a capoeira no Brasil 
Mas nada disso adiantou 
A capoeira foi mais forte
 
Venceu o ódio e se firmou 
O negro agora é livre 
O pesadelo já passou 
Capoeira hoje é vida 
É arte, é poesia 
É mistério, é sentimento 
É vontade de vencer 
É vontade de cantar 
O laê laê lá 
Ô lêlê... 

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