sábado, 24 de dezembro de 2011

Mulheres Na Capoeira

Viva As Mulheres Capoeiristas...♪



Mulher Capoeirista, Capoerista Mulher.
Como ser mãe, professora, esposa, dona de casa, mulher e ainda ser uma Capoeira?
Será audácia? Será loucura?
O desafio é grande! Mas o Amor , Nossa Paixão , nossa Garra pela Capoeira supera todos os problemas, todos os obstáculos, todas as rasteiras que levamos...

Oôh Vem Jogar Mulher , Vem Jogar, Berimbau Tá Chamando , Vem Jogar..♪♪
By: Jamylla Oliveira - Sinhazinha Capoeira Raça  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Misturou- Mestre Toni Vargas

Misturou- Mestre Toni Vargas 

Misturou- Mestre Toni Vargas Berimbau chorou no terreiro
Sinhazinha correu pra escutar
Berimbau falou de um guerreiro
Que os negro ia libertar
Ele vem vestido com a noite
As estrelas à lhe iluminar
Tem a força do mar nas entranhas
E o poder dado por orixás
Sinhazinha tremeu assustada
Sem saber se ainda ficava ali
Berimbau então silenciou
E no terreiro apareceu Zumbi

Foi Zumbi

Sinhazinha tombou de joelhos
O rei negro então a possuiu
A noite fez-se fogo e o negro
Assim como veio partiu
Deixou a semente da raça
No ventre da terra Brasil
Misturou, misturou
Quem pensar que é só branco se enganou

Misturou, misturou

Branco, negro e índio misturou

Misturou, misturou

A semente da raça misturou

Misturou, misturou

No Brasil foi que tudo misturou

Dois gigantes se confrontam
Um feito de carvão e outro de bronze
De fundo um berimbau e um pandeiro
Cruzando o ar tal qual espadas
Fortes pernas, olhares se cruzando, se buscando
Em meio a rodopios e negaças
Enquanto um voa o outro beija o solo
De fundo um berimbau e um pandeiro
E de repente um talho, outro talho
O sangue irriga a terra e a ira
A perna sai mais forte o corpo gira
E vai ao chão um bravo capoeira
O outro triunfante e cansado
Se chega para o pé do berimbau
E canta ladainha de vitória
E pronto a inspirar mais uma história
Olha ao redor com ar de desafio
De fundo um berimbau e um pandeiro...♪

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cantora e atriz Jennifer Lopez joga capoeira em praia de Montevidéu

Iván Franco/Efe
Cantora Jennifer Lopez joga capoeira em Montevidéu durante gravação de programa que será transmitido em 2012
Montevidéu - A cantora porto-riquenha Jennifer López deixou de lado os ritmos latinos para praticar um pouco de capoeira nesta quinta-feira (8) em uma praia de Montevidéu junto com um grupo de dançarinos que participam de seu programa "Viva! The Chosen", que será transmitido em 2012 para diferentes canais em 21 países.
Jennifer, que nos últimos dias esteve no Peru e no Chile para gravar outros quadros do programa, estava com óculos escuros, cabelo preso, calça jeans e uma camiseta vermelha sem manga.

A cantora ficou descalça logo depois de descer da caminhonete para observar na praia a apresentação dos dançarinos. Posteriormente, se aproximou do grupo e ensaiou alguns passos de capoeira.

Jennifer Lopez

Foto 3 de 10 - A cantora e atriz Jennifer Lopez tenta fazer alguns movimentos de capoeira, tradicional combinação brasileira de dança e luta na Praia dos Ingleses, em Montevidéo (8/12/11). Jennifer Lopez é uma das principais artistas latinas de sucesso dos EUA. AFP PHOTO/Pablo PORCIUNCULA
Dezenas de curiosos e repórteres acompanharam a cena de longe, devido ao cordão de isolamento imposto pela equipe de segurança da cantora. A intérprete de "On the floor" se encontra em viagem pelo continente na busca de novos cantores, dançarinos, músicos e artistas que queiram participar de "Viva! The Chosen".

Jennifer López produz o programa junto ao lado de seu ex-marido, Marc Anthony, de quem se separou recentemente e com o qual tem dois filhos, Emme e Max.

Segundo a imprensa uruguaia, a artista retomará sua atividade no país nesta tarde no Barrio Sur e pela noite no Teatro Solís, ambos no centro de Montevidéu. A cantora deve deixar o Uruguai nesta sexta-feira. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Axé contagiando, a roda esquentando, Pé vai dentro,  pé vai fora quem não pode com mandinga, não carrega patuá!...♪
Noite Sem lua


 Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua
Era uma noite sem lua e eu tava sozinho
Fazendo do meu caminhar o meu próprio caminho
Sentindo o aroma das rosas e a dor dos espinhos
(refrão)
De repente apesar do escuro eu pude saber
Que havia alguém me espreitando sem que nem porque
Era hora de luta e de morte, é matar ou morrer
(refrão)
A navalha passou me cortando era quase um carinho
Meu sangue misturou-se ao pó e as pedras do caminho
Era hora de pedir o axé do meu orixá
E partir para o jogo da morte é perder ou ganhar
(refrão)
Dei o bote certeiro da cobra alguém me guiou
Meia lua bem dada é a morte
E a luta acabou
(refrão)
Eu segui pela noite sem lua
Histórias na algibeira
Não é fácil acabar com a sorte de um bom capoeira
(refrão)
Se você não acredita me espere num outro caminho
E prepara bem sua navalha
Eu não ando sozinho...♪
(Mestre Toni Vargas)
Capoeira
Existem várias histórias e lendas sobre a origem da Capoeira, mas nenhuma delas tem a documentação necessária para sua confirmação, pois logo após Proclamação da República no governo de Deodoro da Fonseca, todos os documentos referentes a escravidão no Brasil foram destruídos com a desculpa dos republicanos de que queriam apagar essa vergonha da história do Brasil.
Capoeira
Com início da colonização, os portugueses viram no trabalho escravo um instrumento para o desenvolvimento desejado por eles. Tentaram, no começo, escravizar e explorar o trabalho dos indígenas que aqui já viviam, mas as características físicas e culturais, somadas à resistência ao trabalho cativo por parte dos índios, acabou não dando o resultado esperado, e a saída encontrada pelos colonizadores foi a escravidão negra, o tráfico de homens negros, trazidos do continente africano para o início de grande saga que marcou a sociedade brasileira.
Ao iniciar-se o tráfico de escravos para a América, dos negros aprisionados na África das mais variadas raças que eram trazidos e vendidos para o trabalho forçado em regime de completa escravidão, e entre elas encontramos os Gêges, Nagôs e Hauras, que se confundem com os bantu, procedentes em sua maior parte de Angola, do Congo, de Benguela, de Cambinda, de Mossamedes que foram trazidos contra sua vontade mas, naturalmente, trouxeram sua cultura, sua vivência e, com ela, a semente da liberdade que nunca morreu, mesmo na terra marcada pelos horrores da escravidão.
E que chegavam no Brasil atraves dos três maiores centros de importação da mercadoria negra: Recife, Salvador e Rio de Janeiro e eram destribuidos atraves das lavoura, aos encargos domésticos dos senhores brancos e ao trabalho nas minas, e para tornar o negro escravo os escravistas suprimiam sua cultura, sua alma e torturavam. pois somente se interessavam pelo corpo e sua força de trabalho. porém esta situação desumana a que foi submetido o negro, não foi suficiente para suprimir sua condição de ser inteiro, de corpo e alma.
É essa cultura era guardada no corpo, na mente, na vivência histórica do povo e transmitida há séculos através das gerações e que se manifestava-se por intermédio da música, da dança, da comida, da filosofia e da religião, e como o negro nunca deixou de praticar sua cultura, era comum, durante o período da escravidão, que se juntassem grupos de homens e mulheres para a cantoria, para a dança e mesmo para o culto aos orixás que também são saudados com ritmos e cantos.
E neste período e que nasce a capoeira, e segundo alguns autores, criada pelos escravos do grupo Bantú-Angoleses e Gongoleses, e nasceu conjugado aos movimentos de danças, os encontros festivos ou místicos e passaram também a ser mais uma oportunidade para a sua prática.
Já que esses encontros, principalmente os festivos, não eram reprimidos pelos donos de escravos, assim a Capoeira ganhou o acompanhamento de cantos e ritmos que acabaram incorporados eram os disponíveis e já conhecidos pelo negro com destaque para o berimbau, o atabaque e o agogô.
Capoeira
Mas foi o berimbau que ficou como uma espécie de símbolo da Capoeira, desta forma, o berimbau e considerado o mestre dos mestres na Capoeira, ganhou importância nas lutas pelas suas possibilidades rítmicas e sonoras, ganhou a função de comandar o jogo da capoeira com seus diferentes toques. Então, ao som dos instrumentos, palmas e cantorias, o negro recriava o seu universo cultural, cultivava o seu misticismo, alegrava-se ou lamentava-se e ainda se preparava para a luta, e no momento em que os feitores e capatazes passavam ao lado da festança eles acreditavam ser apenas um encontro para a "dança de Angola", que recebia esse nome em função da nação africana que mais cedeu negros para o tráfico de escravos.
E no momento em que eles se afastavam, os negros intensificava-se o treinamento e aparelhava-se cada vez mais para lutar, mesmo que um feitor parasse e ficasse admirando a dança, dificilmente compreenderia que aqueles movimentos, executados com leveza dos felinos e com a plástica de um bailarino, pudesse trazer, no seu conjunto, poderosos golpes desequilibrantes, traumatizantes e rápidos, e como nenhum povo vive eternamente sob o jogo da escravidão sem se revoltar, com o negro no Brasil não foi diferente, pois suas primeiras reações contra o cativeiro foram as fugas e as revoltas individuais e desorganizadas.
Com o tempo, sentiu a necessidade de organizar sua resistência contra o opressor e passou a planejar as fugas e a pensar as formas de luta que travaria para se libertar e para isto utilizaram a capeira, e é de aceitação geral a hipótese do jogo de agilidade corporal ter sido o instrumento utilizado pelos escravos fugitivos na defesa contra seus perseguidores, representados pela figura do capitão do mato.
Capoeira
E foi no mato que se travava a luta decisiva, e foi desse tipo de mato - a capoeira - onde os negros buscavam refúgio e ofereciam resistência aos perseguidores, que surgiu também a polêmica que por longo tempo consumiu em debates intermináveis inúmeros intelectuais que defenderam a teorias quanto à origem da expressão capoeira estabelecida na língua tupy como aquela de onde procederia a vernaculização: caá-puêra (caá = mato; puêra = que já foi) resultaria nos brasileirismos capuíra, capoêra e capoeira.