sábado, 28 de janeiro de 2012

Espirro Mirim - Cordão de Ouro 
Fundado em 1967 por Reinaldo Ramos Suassuna(Mestre Suassuna), é filiado à confederação Brasileira de Capoeira, O Grupo de Cordão de Ouro, com sede em São Paulo, capital, é um importante nome no cenário da capoeira.
Mestre Suassuna, como é conhecido, nasceu na Bahia, em 1938, capoeirista desde moleque, após iniciação com Mestre Sururu, Abiné e Tonho Rale, seguiu várias linhas de capoeira adquirindo conhecimentos com o Mestre Pastinha, Valdemar, Canjiguinha e Bimba. Foi para São Paulo, em 1965, com a missão de difundir a capoeira como folclore e esporte. Entre seus principais feitos estão diversas apresentações, gravação de 4 disco, direção do Grupo de Show Cordão de Ouro, criação e divulgação do "Jogo Miudinho" e realização de cursos e palestras em vários estados do Brasil e exterior.
Em Fortaleza, o mestre Espirro Mirim começou a capoeira, em Outubro de 1979, com Mestre Everaldo, com o apelido de "Mirim" somente. Em 1981 foi escolhido pela imprensa esportiva o melhor capoeirista daquele ano, a sua primeira formatura foi em 1984 em Fortaleza. No mesmo ano viaja para São Paulo e em 1985 integra-se ao Grupo Cordão de Ouro, onde o Mestre Suassuna lhe apelida de "Espirro", para não fugir de suas origens une os dois apelidos "Espirro Mirim".
Em 1991 recebe a corda de Mestre. No ano seguinte faz sua primeira viagem para São Francisco (E.U.A.) a convite do Mestre Marcelo Pereira (Caverinha). Apartir deste ano (1998) inicia sua carreira internacional, ministrando durante 4 meses, curso na academia Cordão de Ouro em Orlando (Florida), nesse período fez apresentações da Disneylândia e a abertura da Miss Brasil (E.U.A.), em Miami. Todo ano viaja para Israel, onde participa do Batizado e troca de cordão do Grupo Cordão de Ouro.
O Grupo Cordão de Ouro, atualmente, tem filiais em vários estados do Brasil e em alguns países como E.U.A., Israel, Londres, Alemanha e Portugal. Assim fica para os ilustres visitrantes desta página a potencia que a Capoeira segue atualmente no mundo, não limitando-se no pensamento que só o Brasileiro tem ginga, e apagando de vez a imagem negativa que certas pessoas tem sobre a capoeira.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Roda de capoeira





A roda de capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a capoeira.
Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau (normalmente um capoeirista mais experiente) ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.
O tamanho da roda pode variar de um diâmetro de três metros até diâmetros superiores a dez metros, ao mesmo tempo que pode ter meia dúzia de capoeristas até mais de uma centena deles.
O jogo normalmente se inicia ao pé dos berimbaus. A roda de capoeira pode se realizar em praticamente qualquer lugar, em ambientes fechados ou abertos, sobre o cimento, a terra, a areia, o asfalto, na rua, numa praça, num descampado ou em uma academia.
Para que a roda seja realizada precisamos de uma orquestra de instrumentos. A orquestra dos grupos de angola é normalmente configurada assim: ao centro da orquestra um berimbau berra-boi ou gunga (com a maior cabaça) que faz o som grave, do lado direito um berimbau gunga ou médio (com a cabaça média) que faz um som intermediário, do lado esquerdo um berimbau viola (com a cabaça menor) que faz o som agudo. Ao lado do gunga vão por ordem o atabaque, um pandeiro e um agogô, já ao lado do viola vão: mais um pandeiro e um reco-reco (intrumento comumente feito do bambu).
A roda de capoeira é um microcosmo que reflete o macrocosmo da vida e o mundo que nos cerca. Vários elementos permeiam nossas relações com o mundo e no Jogo de Capoeira estes elementos aparecem de maneira intensa. Respeito, malicia, maldade, responsabilidade, provocação, disputa, liberdade, brincadeira, e poder, entre outros, estão presentes em maior ou menor intensidade durante um jogo, e não há um jogo igual ao outro, mesmo com um mesmo oponente.
Em geral a capoeira não busca destruir o oponente, porém contusões devido a combates mais agressivos não são raras. Entretanto, de maneira geral o capoerista prefere mostrar sua superioridade “marcando” o golpe no oponente sem no entanto completá-lo. Se o seu oponente não pode evitar um ataque lento, não existe razão para utilizar um golpe mais rápido.
A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de pernas no ritmo do toque que lembra uma dança, porém capoeristas experientes raramente ficam gingando pois estão constantemente atacando, defendendo, e “floreando” (movimentos acrobáticos). Além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, golpes com as mãos, cabeçadas (com o objetivo principal de desequilibrar), esquivas, saltos, mortais, giros apoiados nas mãos e na cabeça, movimentos acrobáticos e de grande elasticidade e movimentos próximos ao solo.
O jogo de capoeira pode durar de poucos segundos, quando há muitos capoeiristas se revezando dentro da roda, até alguns minutos. Combates longos assim são comuns quando dois capoeiristas resolvem confrontar suas habilidades ao máximo, ou mesmo quando os dois resolvem suas diferenças na roda. Em embates longos é comum a volta ao mundo, que é quando um dos capoeiristas solicita uma pausa no jogo dando algumas voltas na roda com o openente o seguindo. Depois duas a três voltas os dois saem ao pé do berimbau para continuar o jogo.
Cada toque requer uma forma diferente de jogar capoeira, a capoeira Angola pede um jogo mais lento perto do solo e com mais “mandinga” (matreiro, sutil, dissimulado), São Bento Grande de Bimba um jogo rápido e de muito chutes em rotação, Iúna um jogo com muitos floreios (movimentos acrobáticos) e assim por diante.

Música na capoeira

A música é um componente fundamental da capoeira. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (São Bento Grande).
Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções freqüentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo. O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil.
Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria. O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o Berimbau Gunga (mais grave), Médio (médio) e viola (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzá e o agogô.

Estilos da Capoeira

Estilos de capoeira

Existem muitos tipos de capoeira. Os dois principais são a Capoeira Angola e a Capoeira Regional. Mesmo existindo grupos de capoeira com apenas um estilo, a maioria dos grupos tenta misturá-los de alguma maneira.
Capoeira de Angola
A Angola é o estilo mais próximo de como os escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, movimentos furtivos executados perto do solo, ela enfatiza as tradições da Capoeira, sua música é lenta e quase sempre está acompanhada por uma bateria completa de instrumentos.
A designação “Angola” aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de “Negros de Angola”, vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha (Vicente Ferrera Pastinha) foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola. Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros.
É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por não ter uma sistemática estruturada de aprendizado como a Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também caracteristicas como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.
Capoeira Regional
A capoeira regional foi criada por Mestre Bimba (Manoel dos Reis Machado, 1899-1974).
Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Inicialmente, Bimba chamou sua capoeira de “Luta regional baiana”, de onde surgiu o nome regional.
Manoel dos Reis Machado, conhecido por ser um habilidoso lutador nos ringues, e inclusive, ser um exímio praticante da capoeira Angola, procurou fazer com que a capoeira tivesse uma maior força como luta e fez isto incorporando a ela novos golpes. Um fato que é conhecido, é de que Bimba teria incorporado golpes do Batuque, uma luta já extinta, que era rica em golpes traumáticos e desequilibrantes. Inclusive, sabe-se que o pai de Mestre Bimba era praticante desta luta.
Há muita discussão também sobre se Bimba teria ou não absorvido golpes de outras lutas, como judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate, luta de origem francesa, para compor sua capoeira Regional. Entre os velhos mestres, essa é a opinião vigente, mas, apesar disso, eles não acham que este fato seja negativo ou descaracterizador.
A Regional surgiu por volta de 1930. Mas Mestre Bimba se preocupou não só em fazer com que a capoeira fosse reconhecida como luta, ele também criou o primeiro método de ensino da capoeira, as “sequências de ensino” que auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.
Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada oficialmente, em Salvador, com o nome de “Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia”.
Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: “A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional.”
Na academia de Mestre Bimba, a rigorosa disciplina que vigorava determinava três níveis hierárquicos: “calouro”, “formado” e “formado especializado”. Uma das maiores honras para um discípulo era poder jogar Iúna, isto é, jogar na roda de capoeira ao som do toque denominado Iúna, executado pelo berimbau. O jogo de Iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de Iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos no ritual da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe ligado no desenrolar do jogo, além do fato de destacar-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de Iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.
A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional (Luta Regional Baiana) tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, mas também existem jogos mais lentos e compassados. Apesar do que muitos pensam, na capoeira regional não são utilizados saltos mortais, pois um dos fundamentos da capoeira regional, segundo Mestre Bimba é manter no mínimo uma base ao solo (um dos pés ou uma das mãos). O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras, cabeçadas.
Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba se faz um jogo mais rápido, porém sempre com manobras de ataque e defesa (importante ressaltar que todos os golpes devem ter objetivo), mas sempre respeitando o camarada vencido (parar o golpe se perceber que ele machucará o parceiro, mostrando assim sua superioridade e humildade diante do camarada). Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio – a famosa mandinga – e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

-Postado Por Sinhazinha Capoeira Raça.

domingo, 15 de janeiro de 2012

"Menino preste atenção No que eu vou lhe dizer: O que eu faço brincando Você não faz nem zangado. Não seja vaidoso, nem despeitado. Na roda da capoeira, há, há Pastinha já ‘tá classificado."
(Ladainha de Angola do Mestre Pastinha)
 



















Iê Viva A Seu Pastinha Jogador de Angola , Viva A Seu Pastinha..♪

sábado, 24 de dezembro de 2011

Mulheres Na Capoeira

Viva As Mulheres Capoeiristas...♪



Mulher Capoeirista, Capoerista Mulher.
Como ser mãe, professora, esposa, dona de casa, mulher e ainda ser uma Capoeira?
Será audácia? Será loucura?
O desafio é grande! Mas o Amor , Nossa Paixão , nossa Garra pela Capoeira supera todos os problemas, todos os obstáculos, todas as rasteiras que levamos...

Oôh Vem Jogar Mulher , Vem Jogar, Berimbau Tá Chamando , Vem Jogar..♪♪
By: Jamylla Oliveira - Sinhazinha Capoeira Raça  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Misturou- Mestre Toni Vargas

Misturou- Mestre Toni Vargas 

Misturou- Mestre Toni Vargas Berimbau chorou no terreiro
Sinhazinha correu pra escutar
Berimbau falou de um guerreiro
Que os negro ia libertar
Ele vem vestido com a noite
As estrelas à lhe iluminar
Tem a força do mar nas entranhas
E o poder dado por orixás
Sinhazinha tremeu assustada
Sem saber se ainda ficava ali
Berimbau então silenciou
E no terreiro apareceu Zumbi

Foi Zumbi

Sinhazinha tombou de joelhos
O rei negro então a possuiu
A noite fez-se fogo e o negro
Assim como veio partiu
Deixou a semente da raça
No ventre da terra Brasil
Misturou, misturou
Quem pensar que é só branco se enganou

Misturou, misturou

Branco, negro e índio misturou

Misturou, misturou

A semente da raça misturou

Misturou, misturou

No Brasil foi que tudo misturou

Dois gigantes se confrontam
Um feito de carvão e outro de bronze
De fundo um berimbau e um pandeiro
Cruzando o ar tal qual espadas
Fortes pernas, olhares se cruzando, se buscando
Em meio a rodopios e negaças
Enquanto um voa o outro beija o solo
De fundo um berimbau e um pandeiro
E de repente um talho, outro talho
O sangue irriga a terra e a ira
A perna sai mais forte o corpo gira
E vai ao chão um bravo capoeira
O outro triunfante e cansado
Se chega para o pé do berimbau
E canta ladainha de vitória
E pronto a inspirar mais uma história
Olha ao redor com ar de desafio
De fundo um berimbau e um pandeiro...♪